sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Texto de Vera Passos


segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Acabou ontem a X Bienal do Livro. Aposentada, portanto, nas férias da minha vida, pude me dar ao luxo de ir bater o ponto lá quase todos os dias. Talvez por isso, considero que foi a mais organizada e interessante das bienais. Chegava próximo às 18h e voltava depois das 21, no encerramento diário das atividades.




Destaques para a animação do espaço Cordel e Poesia, coordenado por José Inácio Vieira de Mello, no qual tive a surpresa de conhecer pessoalmente, a poeta e amiga virtual, Lilian Maial, e onde encontrei outros amigos e/ou poetas como Douglas de Almeida, Everaldo, Antônio Barreto, Goulart Gomes, Bete e Juracy, Alberto Lima, Valdeck Almeida, Nívea Vasconcelos, Tiago Oliveira, Everton Lima, Lita Passos, Marcos Peralta, Edgar Velame, entre outros. Nesse espaço, Lani Quinto cantou e leu a poesia de Cartola. O poeta português Luis Seguilha continua desconhecido, porque era impossível acompanhar o seu português galopante.


As ótimas mesas redondas, ou, como disse o poeta Cajazeira Ramos :"sofás retangulares", do Café Literário foram organizadas por Carlos Ribeiro que soube selecionar temas, entrevistados e mediadores bem variados e relevantes. Cada um dos excelentes mediadores, entre os quais destaco Mônica Menezes, José Inácio, Kátia Borges e André Guerra, deixou a sua marca. Enquanto a de Cajazeira Ramos foi a descontração, a marca de Silvino Bastos foi a clareza didática. Não deu para apreciar os desempenhos de dois mediadores: José de Jesus Barreto que fez uma abertura formal e enfadonha de quase meia hora e o magro Elieser Cesar que lembrava Jô Soares ao interromper constantemente os entrevistados, porém sem o ótimo senso de humor do gordo. Quanto aos entrevistados, vi pela primeira vez os poetas Carpinejar e Antônio Brasileiro (o pai de Tati), ambos polêmicos e irreverentes, embora o segundo seja bem mais simpático. Já estou lendo "O Manuscrito de Karl Marx" de Armando Avena, o pai de minha sobrinha Joana, que deu um show à parte, demonstrando conhecimento, descontração e simplicidade. Tive o prazer de falar "Aula de Desenho" para a sua autora, Maria Esther Maciel, no encerramento da mesa sobre literatura e cinema e de mostrar para Karina Rabinovitz, "Passaporte" uma versão do seu poema "Currículo. Lindíssimo o poema de Ângela Vilma em louvor a Cecília Meireles.

Tive a chance de diminuir a minha fenomenal ignorância ao tomar conhecimento da existência literária de Marinyze Prates, Cristóvão Tezza (também estou lendo o seu "Um Erro Emocional"), Edvaldo Pereira Lima, Mariana Ianelli, Luis Pimentel, Cássia Lopes, Jorge Ramos, Ana Cecília de Souza Bastos, Luiz Roberto Guedes, Janaina Amado (desejo conhecer melhor a poética de Jacinta Passos), Rinaldo de Fernandes (de quem adquiri "Capitu Mandou Flores"), Aline D'Eça, Edvaldo Pereira Lima etc E por falar em poetas desconhecidos, fiquei encantada com a proporcionalidade direta entre o conhecimento e a simplicidade de Jorge Araújo.






Em uma descontraída Tarde de Autógrafos, assisti Mônica Menezes e Carlos Barbosa serem entrevistados por Mayrant Gallo, com uma grande participação dos presentes, entre os quais o ilustre professor Ubiratã Castro. Chegou, enfim o dia de comprar o "Beira de Rio, Correnteza", que, há tempos, estava em uma lista na minha agenda. Ouvi as minhas poesias preferidas ("Herança" e "Sonhos de Bailarina") na sua voz doce e encabulada de sua autora.



Adorei inclusive o movimento dos trabalhadores que fecharam a Bienal no domingo, antes do horário, numa manifestação de respeito pela sua força de trabalho. Na véspera, eu já tinha ouvido relatos de que eles estavam trabalhando muito além dos seus horários, sem remuneração adicional. A decisão lúcida de diminuir o valor do ingressos deve ter permitido uma maior participação do público. Graças às promoções, adquiri livros que já tinha, só para dar de presente, como a excelente autobiografia de Jane Fonda. Para quem? Depois eu decido o nome da felizarda.



Ainda assim, gulosa que sou, fiquei com desejo de quero mais não só pelas ausências de Fernando Moraes e do meu amigo Wesley Correia, mas também por não ter assistido as mesas "Jorge Amado e o Mundo" e "O Nordeste como Protagonista". Infelizmente também não pude ver Cleise Mendes, de cuja filha fui professora, Douglas Almeida, Everton Lima e Nádia São Paulo, de quem havia acabado de ler um romance.


Na hora da despedida, vem o desejo que chegue a próxima
Bienal... e o que foi doce se torne achocolatado.

QUEM VIVER, VERÁ!

Copiado do blog de Vera Passos:

http://verapassos.blogspot.com/

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